Mais de 34 mil profissionais seguem sem representação direta após afastamento da diretoria local e falta de informações sobre nova gestão
Desde janeiro deste ano, o Conselho Regional dos Corretores de Imóveis do Distrito Federal (Creci-DF) está sob intervenção decretada pelo Conselho Federal da categoria (Cofeci), medida que tem gerado forte repercussão entre os mais de 34 mil corretores de imóveis da região. A decisão afastou a diretoria eleita e nomeou três interventores externos, dois da Paraíba e um do Tocantins, sem qualquer participação de membros do DF.
A intervenção, que até o momento não teve prazo definido para encerramento, tem sido criticada pela categoria, sobretudo pela ausência de transparência. Informações sobre os custos com deslocamentos, hospedagens e remunerações dos interventores não foram divulgadas, o que amplia o clima de desconfiança.
A crise ganhou novos contornos em maio, com a publicação da Resolução Cofeci nº 1.545 no Diário Oficial da União, suspendendo a análise das contas do Creci-DF relativas ao exercício de 2024. A medida, segundo especialistas, pode apontar para falhas administrativas ou pendências na antiga gestão — pontos que ainda não foram explicados de forma clara pelo Cofeci.
Em junho, os interventores foram destituídos, mas não houve anúncio público sobre quem assumiu a condução do conselho regional. A falta de posicionamento oficial levanta dúvidas sobre a legalidade da atual gestão e compromete a atuação institucional do órgão.
Com isso, os corretores do Distrito Federal permanecem sem representação regional ativa e a sociedade, sem garantias sobre a fiscalização adequada do mercado imobiliário. Até o momento, o Cofeci não se pronunciou oficialmente sobre a situação.