Júlia Lucy disse que lamenta a decisão e observou que as empresas já haviam se programado e feito estoque na espectativa de voltarem a funcionar
A suspensão da retomada dos serviços não-essenciais no Distrito Federal, por liminar da Justiça Federal, foi criticada pela deputada Júlia Lucy (Novo) na sessão remota da Câmara Legislativa desta quarta-feira (31). “Uma magistrada, que não foi eleita para governar, decidiu suspender o retorno do comércio. É usurpação do poder. Nosso governador é Ibaneis Rocha, que foi eleito para tomar esse tipo de decisão”, argumentou.
“O DF registrou um recorde de mortes ontem, foram 94, assim como um número altíssimo de pessoas infetadas. Isso mostra que as medidas restritivas não funcionaram no DF”, avaliou. E completou: “As empresas se programaram, compraram estoque, na expectativa de voltarem a funcionar. Aí vem uma decisão como essa. Lamento muito”.
Contraponto
Sem fazer referência à decisão da Justiça, a deputada Arlete Sampaio (PT) pregou, além de vacinas, a manutenção de medidas restritivas e de outros protocolos, como a higienização de mãos, para fazer frente à pandemia de coronavírus. A parlamentar citou o caso do Chile, onde 30% da população já tomou a primeira dose da vacina; e 15% a segunda: “O Chile está vivendo uma segunda onda fortíssima, pois achou que só isso [vacina] fosse resolver”. Conforme destacou, é preciso imunizar 70% da população para alcançar a chamada “imunidade de rebanho”.
Denise Caputo – Agência CLDF