
Frase gera críticas e reacende debate sobre liberdade de expressão e discurso de ódio nas redes sociais
A declaração “só guilhotina…”, feita nas redes sociais por Marcos Dantas, professor aposentado da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), gerou forte repercussão pública nos últimos dias. A fala foi interpretada por muitos como incitação à violência, especialmente por ter sido publicada em resposta a uma imagem de uma jovem empresária e sua família. A UFRJ, em nota oficial, informou que Dantas está aposentado e não faz mais parte do corpo docente, tentando se desvincular da repercussão negativa.
Durante análise no programa em que atua como comentarista, a cientista política e ex-deputada distrital Júlia Lucy questionou se a declaração configuraria crime ou apenas um desabafo agressivo. “Existe sempre essa tentativa da esquerda de usar o argumento de autoridade, como se, por ser professor de uma federal, tivesse mais legitimidade para opinar”, afirmou.
O professor André, também convidado da atração, avaliou que a fala não caracteriza incitação ao crime, mas pode ultrapassar os limites da liberdade de expressão. “Quando alguém posta uma foto e fala ‘só guilhotina’, qual é o debate que está promovendo? Não tem debate, não tem opinião. Isso é imoral e pode configurar um ilícito civil ou crime contra a honra, a depender da intenção”, explicou.
O caso levanta discussões sobre o uso irresponsável de redes sociais, especialmente por figuras públicas ou com trajetória acadêmica, e sobre o equilíbrio entre liberdade de expressão e responsabilidade no discurso digital.